ESQUECIDO

o vento brinca de roda

pelas ruas da liberdade

demonstrando perícia

consertanto coragem,

pássaros desenham acrobacias

rasgando véus da tarde

enquanto no meio das ilhas

pontos esverdeados...

oceano de urbanidade

sorri dois folguedos

descansa azulejado corpo

sobre as correntes

de um rio de leite...

folhas encenam

danças borboleteanas

enquanto ricamente ornadas

brilham as mãos

bocas múltiplas, conversa constante

e se aproveitam

para abraçar os pares...

o vento canta de roda

e a música

o gosto de sua voz

faz-se ouvir entrelinhas

nos bosques libertinos

dos ouvidos noturnos...

a vida;

esta é que não há.

Rocha Poema
Enviado por Rocha Poema em 14/08/2011
Código do texto: T3160027
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