ESQUECIDO
o vento brinca de roda
pelas ruas da liberdade
demonstrando perícia
consertanto coragem,
pássaros desenham acrobacias
rasgando véus da tarde
enquanto no meio das ilhas
pontos esverdeados...
oceano de urbanidade
sorri dois folguedos
descansa azulejado corpo
sobre as correntes
de um rio de leite...
folhas encenam
danças borboleteanas
enquanto ricamente ornadas
brilham as mãos
bocas múltiplas, conversa constante
e se aproveitam
para abraçar os pares...
o vento canta de roda
e a música
o gosto de sua voz
faz-se ouvir entrelinhas
nos bosques libertinos
dos ouvidos noturnos...
a vida;
esta é que não há.