Palavras - Uma ode a dor
Palavras – uma ode a dor
“ode anacreôntica”
Para cada ofensa que recebo
Reveste em mim um escudo
Que com força vem
Então eu mudo
Não se fala
Apenas cala
O que deveria ser fim
Atesto o que atinge
Pois mais forte
Mata quem está mais próximo
Seja ela a dor
Ou amor
Seja pela flor
Ou o terror;
Sei somente que palavras
muitas vezes
São denúncias sem público
São razões egoístas
afirmações sem lógicas
O condenar sem ter forca
Apenas um único desejo
De perder a força
De enterrar sonhos
De ver o que há
De mais triste
De mais simples
De mais rude
De mais pobre
Toque de amor
Que fere o próximo
E bem próximo
Do coração
Em pedaços
quebra cabeças
Que não se emenda
Que não acaba
A lenda viva
Uma história com
Prólogo, vazio e epílogo.