O lápis
O lápis
Traduz o sentimento,
O saber, a saudade!
Acompanha versos,
É o braço direito do escritor.
Passa por todos:
Pobres e ricos.
E deixa lembranças
A quem dele não faz mais uso.
De fios e traçados
Surge, exposta a todos, a tradução do conhecimento!
Numa folha em branco,
Rabisca, ponteia, cria retas e figuras.
De todos aceita os erros,
Não limitando a liberdade de abstração humana.
Mas...
Um dia se desgasta;
Perde sua utilidade,
Em uma porção de matéria despontada!
Matéria estática, sólida, inerte,
O lápis inscreve códigos;
Com a criatividade humana,
E os movimentos lhe dão forma e vigor!
Redação em 30 de março de 1990 - transformada em poema em 3 de agosto de 2011, 21 anos depois!