Bobeiras ausentes e presentes.
A exatidão da massa, os olhos da insensatez.
O canto dos mudos, a esfera dos nobres, na graça dos ricos, e o pobre pequinês.
O infortúnio do belo, o exasperado do rancoroso.
O ódio da revolta, a meiguice do piloto, a calma do idoso.
A parcela do montante, o montante parcelado de culpa.
Agora, o doce amargo que vêm à boca, tocando fiel lábios carnudos.
Fala-me de amor. Fala-me o amor, rasgando as vestes bobas, que só fazem alinho a corpo.
Tudo se torna tão necessário e belo. Diferentemente belo.
Acredito mesmo na ausência, como presença.
Tornamo-nos incapazes de notar, quando submersos ao excesso da coisa.
Só um mendigo é capaz de saber a fortuna que tem. Ao viver, crio dó e piedade daqueles que com muito, pouco nadam.
A falta não faz falta. A falta está presente e é um presente da dádiva.
Insistente, a ausente presente.