A Consciência da Borboleta

Não é uma simples borboleta,

É o que um dia esteve em um casulo

É o que um dia foi uma lagarta.

É... o que um dia achou que as belezas do mundo nunca

Lhe pertenceria

É também, talvés, o que você pensar

Pobre borboleta,

Sofreu tanto quando largarta era e no chão rastejava

Ninguém dava-lhe a mão

Ninguém por si se encantava

Mas, mesmo triste e só

Tinha em seu peito

Uma esperança que fervia

E uma confinça sem precedentes

Foi confiando e tendo tamanha esperança

Que um dia descansou

E ao acordar era uma linda borboleta

Todos a admiravam

Naquele mundo onde era desprezada

Hoje era amada

Mas a borboleta,

Mesmo bela, linda e admirada

Sentia se triste

Sabia que aqueles que hoje por si se encantavam

Não tinha sentimentos nobres

Amavam o belo

O conveniente

E se um dia não fosse mais bela

E se um dia não mais agradasse os olhares

de seus amantes

Esses a deixaria tão triste e só

Quanto na fase de lagarta

Então consciente de triste realidade

A borboleta partiu

Partiu rumo a um lugar

Que poderia ser feliz

E onde encontraria seres

Que a amasse sempre

Sempre, apesar dos pesares.