O que penso do amor
Suportar a ausência
Conviver com a solidão
que estende a mão e clama:
“dá-me um pouco de ti!”
Não ser mais o que se desejava
Mas aquilo que se faz pobre
Numa falta que envolve
Viver nas alturas do abismo
Não possuir o que se deseja
Desejar a liberdade de si mesmo
Viver a exuberante pobreza de nada ter
E de ser um com o todo
E o nada de alguém