O que penso do amor

Suportar a ausência

Conviver com a solidão

que estende a mão e clama:

“dá-me um pouco de ti!”

Não ser mais o que se desejava

Mas aquilo que se faz pobre

Numa falta que envolve

Viver nas alturas do abismo

Não possuir o que se deseja

Desejar a liberdade de si mesmo

Viver a exuberante pobreza de nada ter

E de ser um com o todo

E o nada de alguém

Tiago Nunes
Enviado por Tiago Nunes em 29/07/2011
Código do texto: T3127593
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