O Rei da escória

Um pobrezinho inteligente cego

Que acha ter sabedoria plena

Ficou tristonho, machucou o ego

Queimou a luz, chorou, saiu de cena

Pediu perdão, arrego, penico

Ajoelhou perante a multidão

Pagou pra ver, agora paga mico

Pisou no prego que deixou no chão

Subestimou, chamou pobre coitado

Chegou a sufocar de ofender

Entristeceu o pobre desgraçado

Que certas vezes deixou de vencer

O improvável se tornou real

A estatística se inverteu

O desnutrido sujo imoral

Quebrou correntes, se livrou, venceu

E o coitado cego inteligente

Que lá de cima perdeu, despencou

Passou tristeza, dor inconsciente

E ao seu súdito se sujeitou.

Axeramus 15/07/2010