Confissão à meu Pai

“Minha vida toda, odiei os humanos por tudo que fazem;

Minha vida toda dediquei a proteger-te ó pai;

E um dia, aquele em que tu me deixas-te;

Percebi que o mundo não é apenas aquilo que eu queria ver;

O senhor me mostrou como é viver e eu

Simplesmente esqueci de exercê-la.

Hoje, revendo meus passos, pude perceber

Como esses anos foram tão mesquinhos para mim;

Como estes anos foram, simplesmente, inúteis.

Sorriso no rosto, mas por dentro tristeza;

Forte por fora, mas dentro minha muralha já havia desabado;

Como pude entregar-me?

Lamento pelo tempo que perdi meu pai

Mas juro que daqui para frente não o perderei mais;

Agora posso ver o que o senhor queria me dizer

Que vitoriosos são aqueles que lutam e crescem e não

Aqueles que vencem sempre.

E que nem todos os humanos são como pensávamos;

Há sempre algum que ainda pensa para viver.

Vivo, agora, com a lembrança de tuas palavras tão calmas e sublimes:

Não há magia alguma meu filho, o que há é uma mente dentro de cada um, que pode destruir um batalhão e até mesmo construir mundos inexistentes!”

Eccentric
Enviado por Eccentric em 07/12/2006
Reeditado em 07/12/2006
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