Confissão à meu Pai
“Minha vida toda, odiei os humanos por tudo que fazem;
Minha vida toda dediquei a proteger-te ó pai;
E um dia, aquele em que tu me deixas-te;
Percebi que o mundo não é apenas aquilo que eu queria ver;
O senhor me mostrou como é viver e eu
Simplesmente esqueci de exercê-la.
Hoje, revendo meus passos, pude perceber
Como esses anos foram tão mesquinhos para mim;
Como estes anos foram, simplesmente, inúteis.
Sorriso no rosto, mas por dentro tristeza;
Forte por fora, mas dentro minha muralha já havia desabado;
Como pude entregar-me?
Lamento pelo tempo que perdi meu pai
Mas juro que daqui para frente não o perderei mais;
Agora posso ver o que o senhor queria me dizer
Que vitoriosos são aqueles que lutam e crescem e não
Aqueles que vencem sempre.
E que nem todos os humanos são como pensávamos;
Há sempre algum que ainda pensa para viver.
Vivo, agora, com a lembrança de tuas palavras tão calmas e sublimes:
Não há magia alguma meu filho, o que há é uma mente dentro de cada um, que pode destruir um batalhão e até mesmo construir mundos inexistentes!”