Perspectiva angustiante

A percepção sempre acaba interceptada

quando o ver é físico ante ao nada.

Cada rastro de idéia perdida, na mente, espalha-se.

O inatingível torna-se confuso e perdido na palha.

Indução...

A confusão de pretensões desprendidas e frouxas...

Um silogismo angustiante:

aquela velha idéia de tentar brincar com o imaginário.

Onde é a borda do oceano?

Cadê a margem da piscina?

A relação homem-cérebro me atina.

Seria, a curiosidade, muita ousadia?

Forjo a teia de obstáculos transcendentais,

cujos desfechos rimam com a vinda

de um porco velho que brinda,

cantando a velha canção infinda,

aquela mesma que embala sua partida.

“Creio eu...”.

Crer não é confirmar...

Você respira o que não vê para poder continuar.

Jogos ganhos e vidas pagas

num eterno bailar de lindas e magras,

zanzando e exibindo suas formas ásperas...

Podridão?

Não...

Solidão?

Não...

Polidez?

Talvez...

Tempo!

Infinito...

Não acaba nunca...

Que droga!

Rafael S P Valle
Enviado por Rafael S P Valle em 07/12/2006
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