Perspectiva angustiante
A percepção sempre acaba interceptada
quando o ver é físico ante ao nada.
Cada rastro de idéia perdida, na mente, espalha-se.
O inatingível torna-se confuso e perdido na palha.
Indução...
A confusão de pretensões desprendidas e frouxas...
Um silogismo angustiante:
aquela velha idéia de tentar brincar com o imaginário.
Onde é a borda do oceano?
Cadê a margem da piscina?
A relação homem-cérebro me atina.
Seria, a curiosidade, muita ousadia?
Forjo a teia de obstáculos transcendentais,
cujos desfechos rimam com a vinda
de um porco velho que brinda,
cantando a velha canção infinda,
aquela mesma que embala sua partida.
“Creio eu...”.
Crer não é confirmar...
Você respira o que não vê para poder continuar.
Jogos ganhos e vidas pagas
num eterno bailar de lindas e magras,
zanzando e exibindo suas formas ásperas...
Podridão?
Não...
Solidão?
Não...
Polidez?
Talvez...
Tempo!
Infinito...
Não acaba nunca...
Que droga!