ESPELHO MEU
Um pouco de vinho e resgata-se a coragem
De não ser mais coadjuvante da própria história.
A cada hora que o tempo carrega, rápido, impiedoso
Vai-se um pouco da idéia que tens de si mesma.
Mas afinal, quem és tu?
Deixou-se dominar pela covardia e não lutou para salvar a pobre moça dentro de si.
Se acorrentou entre seus próprios erros e acertos, onde o maior dos erros foi desistir de encarar seus grandes medos...
E facilmente deletou a palavra " sonho" de seu dicionário pessoal entregando os holofotes para o "posso ou não posso" interior
Pobre moça...onde estás agora?
Covarde! Deixou-a perdida entre os caminhos do certo ou errado
Sem lanterna, sem calçado...
A caminho de lugar algum...
Eis que o vinho se acaba...
E espelho meu, não posso mais encarar-te!