VONTADE DE TE VER

Na mais profunda madrugada, derreia o sentido a procurar

Por um só enturve cego de meu elo fraco a se envenenar,

Pois talvez queira enxergar a beleza da ínsita noite escura sanar

De teus olhos o sentido da morte e o porquê de não me levar.

Vejo que o sentido esvaece de mim a cada gole deste sono demente

E sei apenas que morrer aqui seria do inverno frio o eloquente;

Mais que aqui sorver-te em poesia seja meu dolo de veneno quente

Mesmo que da noite tua eu sofra antes em procurar o que tu sente,

Sem que acaso eu sinta ou procure a resposta para as loucuras;

Sou tão assim, mas insistente em saber também o que procuras,

Ou o que sondas a mim em teus olhares nas noites escuras.

E que se acaso eu parta na noite, enfim, a encontrar ou perder

Fala-me sem que me esmoreça o peito, já bem sei o que é morrer

Pois já passei por lá uma noite; mas onde procuro a ti é onde quero te ter?

Luan Santana
Enviado por Luan Santana em 16/07/2011
Código do texto: T3099787
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