Sem Asas
Olhou gaiola aberta,
deu medo de voar.
De sair, ver, provar
a vida lá de fora.
Desconhecido apavora.
Alpiste do dia consola.
Despiste da covardia:
ração que garante o banal,
concede o já e reduz a vida.
Despreza a gaiola aberta,
porta que se abriu.
A trava – alma trancada,
por dentro fechada –
resiste sem mãos,
insiste no não.
Razão oculta,
silente dor.
A mente consente.
Tormento de dentro:
medo que vence
vontade de ser...
e a porta, ali, aberta.
Olhou gaiola aberta,
deu medo de voar.
De sair, ver, provar
a vida lá de fora.
Desconhecido apavora.
Alpiste do dia consola.
Despiste da covardia:
ração que garante o banal,
concede o já e reduz a vida.
Despreza a gaiola aberta,
porta que se abriu.
A trava – alma trancada,
por dentro fechada –
resiste sem mãos,
insiste no não.
Razão oculta,
silente dor.
A mente consente.
Tormento de dentro:
medo que vence
vontade de ser...
e a porta, ali, aberta.