POETA

Poeta

Não se cala o poeta...

Si se cala o poeta,

Não se houve o moinho que,

Abraçado ao vento

Transforma o grão em alimento...

Não se cala o moinho...

Si se cala o poeta

Ficam invisíveis as flores que,

Ao exalar o misterioso perfume,

Mostram-se vivas no cheiro da alegria,

Da amizade, do amor...

Não se cala as flores...

Si se cala o poeta

Fica imperceptível

O sorriso da criança que,

No seu gargalhar

Anulam-se as fronteiras

E tudo vira liberdade...

Não se cala a criança...

Si se cala o poeta

Calam-se as palavras que,

Em sua mágica tradução agiganta o ser

E ilumina o conhecimento, a sensibilidade...

Não se cala as palavras...

Si se cala o poeta,

Cala-se a alma.

POETA, do livro Meninas e Meninos Volume II, Editora Topázio - Araras/SP, 2009.

Sérgio Prado

Sérgio Prado
Enviado por Sérgio Prado em 09/07/2011
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