SETE VEZES SETE
Fez-se freguês o mundo inteiro
No espaço cortês
De sete dias
Em sete minutos
De delírio concentrado
(E arguto) parti-me em tudo:
Em sete camadas (de estardalhaço)
De frenesis carregados de selvas,
De ares e fogos fidalgos
Em sete quedas d’água
A verterem espumosas quimeras
Das fendas porosas
Dos meus esconsos regaços
Nos sete corpos nus
Das minhas sete almas vestidas
De sete sedas de arco-íris
Tecidas em minhas sete vidas...