Quem sou

Eu sou síntese

Existo no campo em que brotou a flor da paz

Onde a tese e a antítese deram-se as mãos guerreiras

Não sem frustrações, talvez

Mas como deve acontecer.

Sou o que falo

Também o que calo

Um abalo no infinito

Engasgo do tempo

Que cospe multidões anônimas

E pretensões lamentavelmente soberbas

A todos arrasta em cinzas e escombros

Para a vala comum da morte...

Inda assim sofro de encantamento

Porque sou síntese,

Um lampejo breve

Armistício das minhas verdades extremas

Marcelo FAS
Enviado por Marcelo FAS em 06/07/2011
Código do texto: T3079513
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