Moram-me sobressaltos na ternura
E a face triste das incertezas,
Deságua golpes!
Aqueles mesmos que beiravam cores
Da infância interrompida
Onde me assolaram asas...
Ah, como sonhava colibris!
E os versos que não pude
Brincam-me giz e urgências!
Acordam-me!
Vôo pensamentos e instantes
Das esquinas que andei
E roubaram-me salto
Aqui do alto posso pássaro que quiser
Com nome que tiver!
Uma passageira!
Uma qualquer!
Já não me importo com brutas mãos
Da falta de ar
Sonham-me ruas
E tão lindas luas
Que já me sei amar!