Moram-me sobressaltos na ternura
E a face triste das incertezas,
Deságua golpes!

Aqueles mesmos que beiravam cores
Da infância interrompida
Onde me assolaram asas...

Ah, como sonhava colibris!
E os versos que não pude
Brincam-me giz e urgências!
Acordam-me!

Vôo pensamentos e instantes
Das esquinas que andei
E roubaram-me salto

Aqui do alto posso pássaro que quiser
Com nome que tiver!
Uma passageira!
Uma qualquer!

Já não me importo com brutas mãos
Da falta de ar

Sonham-me ruas
E tão lindas luas
Que já me sei amar!

Mirea
Enviado por Mirea em 03/07/2011
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