JÁ NÃO POSSO MORRER JOVEM

“Já não posso morrer jovem”

(Jules Renard)

Mas posso escafeder-me logo

E breve nascer de novo

Juventude mora nos atos

Feito gema que vive em ovo

Então, não sou velho velho velho

De marré, marré, marré

Então, eu sou jovem jovem jovem

De marré de si

Ser jovem depois de velho

É brincar de roda pela vida toda...

Desde sempre, cantarolo e versejo

Desde nunca, subverto meus erros

Reafirmo habitualmente a loucura

Rechaço com doçura os aferros

(Caso contrário é vacilo do siso

Dos mais sérios...)