CANSAÇO...
Os caminhos dormem sonsos
Recostados (absconsos) n'uns travesseiros
De penas de ganso...
Cada mísera estradinha adormentada
Tem um pedigree
: Umas são para voltar
Outras, têm o poder de iludir
Delas, muitas, melhor deixar
Poucas as boas de se seguir...
Mas hoje, mitigam alquebradas
As estradas todas...
(Nem vêm ou vão)
Desabitadas de vida
De rumos, de metas
De chão...
Roncam, roncam...
E sonham... Confiadas
N'um belo dia em que partirão
Determinadas, por tudo, por nada
Aos destinos em que darão – ou não