CORPO EM CHAMAS...
Minha lava escaldante, o teu corpo incendeia,
Nesta certeza, de que tu me amas,
As faíscas brutais, te lambem, em cadeia,
No relampejar do meu corpo em chamas...
Tão lasciva e incandescênte,
Perco a pureza, também a inocência,
Entrego-me, febril, e nada prudente,
Neste erotismo decadente. Torpe influência!
Tocas em mim, num gesto complacente,
Arde a vontade de ti, doce menino,
Não reprimo...Dou-te a carne indecente,
Matando tua sede, alimento-te, e faço um mimo...
Galopas em meu incendiário ventre,
Tentando apagar esta faisca desenfreada.
É tua última cavalgada...Vem! Adentre!
Desprezo-te, qual amazona saciada...
Que, num ultimo galope, certeiro,
Arranca de ti, um animalesco grito...
Perdendo a tua armadura guerreiro,
Morres! E, vagas rumo ao infinito!