Será?...
A cada sol que nasce
Convenço-me mais que a felicidade está no simples.
Será que um dia reencontrarei minha felicidade?
Aquela, que outrora bonita, feliz, doce, eu era tomada.
Estou tão arredia por todos esses dias.
Quero-me cansar de brincar, não de brigar.
Quero rodar na roda gigante.
Não dos gigantes da vaidade...
Essa roda dá bolhas nos pés, queima minha carne.
Perco-me tentando entender o porquê de tantos por quês...
Era menina,
Hoje mulher.
Era sonhadora,
Hoje pecadora.
Um dia encontro meu pedaço de chão,
Sem solidão,
Sem contramão,
Sem vaidade alheia,
Sem tantos "nãos".
Quero ir embora daqui!
Mas sei quando devo ir.
Sei o básico de mim...
Sei que não é chegada a hora.
O tempo ainda não permitiu,
Mas tenho certeza, ele está a olhar-me...
Sinto, ele chegará sem demora.
Estou em chamas...
Queimando tudo que o mundo bruto fez-me sentir.
Deu curto no meu mundo florido, estou no breu...
Preciso de uma tocha para iluminar, não só meu mundo florido, mas meu coração.
Quero ver clarear cada canto escuro que com a multidão não me dei conta.
Quero paixão, quero paixão!
Como é bom sentir e arder em paixão.
Seja por qualquer coisa, mas que faça de verdade, bem, a sua alma toda.
De mim, nada mais oculto.
Mais também não desnudo tudo.
Entender?
Para quê?
Cada um tem o olhar que quer ter.
Tenha o seu.
Será que o seu é o mesmo que o meu?
Acho doido demais se for,
E se for, espera, espera, você pode ser mesmo um bom narrador.