Para não matar a alma de fome...
Não sei quando brincas
Ou quando falas a verdade
Mas sei onde alcançar tua raiva
Sei fazer cócegas no teu ego
Não sei quando estás alheia
Ou quando queres atenção
Mas sei o que você quer
Sei onde você quer chegar
Quando te rodeia a paixão...
Porém não se preocupe
Não cuspo fogo
Não atiro facas
Nem sei brincar no trapézio
Sou apenas um poeta baldio
Que assopra verbos
E recolhe os pronomes
Sou apenas um poeta baldio
Que colhe versos
Pra não matar a alma de fome.