Não se pode parar o tempo
Está na alma, nas ruas cinzentas e desguarnecidas
Nos olhos já sem brilho e sem expectativa
No vento que percorre a avenida melancólica e isolada
Na ausência dos sons, das trocas de palavras e da canção
Tudo é um vazio sem limites!
Nos muros da mansão abandonada,
O descaso, o grafite, os velhos anúncios grudados
Já é quase noite na urbe abandonada
As horas passam devagar impedindo o princípio de um novo amanhecer
Que falta de bom senso!
Não se pode parar o tempo!