Refugiado em mim
Não sou tão só o que penso
Não vivo aquilo que estou
Me perco ao tentar achar-me
Me mudo no que acabou
São tantos caminhos vistos
São tantas palavras vãs
Eu sinto que estou perdido
Eu fujo, fico escondido
Me mostro no que escondo
Rebusco o que perdi
Eu vejo a clareira aberta, e pergunto:
“o que faço aqui?”
Não vou expulsar as dores
Não vou forçar-me a sorrir
Quero ser possibilidades
De que vale o definir?