Nebulosa…
Entre o conteúdo
Do que é incontido
Há o vazio absoluto
De um nada resoluto
Que pode ser abstraído
Da bruma nebulosa
Intui-se ai a arte...
No ponto de mutação
Entre a inércia e a ação
Em que dançam os elétrons
É o útero da energia
Por onde fecunda o átomo
Divide o frio do calor
Na explosão do amor
Algo meio metafísico
A essência invisível
Rastilho e combustível
Centelha da criação
Que interliga os sentidos
Produzindo a luz
Ao sabor do vento que induz
Vencido espaço e tempo
Consolidando os elos
Na cadeia neural do cerebelo
São espasmos de fragmentos
A parir o entusiasmo
A apreciar o que é belo!
Hildebrando Menezes