Deixa que o vazio dessas horas
Mate a esperança dos “agoras”
E no lá fora todos os “outroras”
Encenam suas danças passadas
Terrivelmente descompassadas
Há um querer do que se foi
E um horror do que teria sido
Paira sobre o rio tempestuoso
Em que corre tudo o que não é
Ou é levado pelas águas revoltas
Para o mar do não acontecido
E como bicho fugitivo apenas corre
E se embrenha no não amanhecido
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 10/06/2011
Reeditado em 19/05/2021
Código do texto: T3025743
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