Eu tiro estes pobres versos
Do lado escuro do pensamento
Lá onde dormiam em seu silêncio
Plenos de vontade de dizer
O que nunca dizem a esmo
Ou sem o meu consentimento
Eu tiro estes pobres versos
Da miséria de onde vieram
Dos equívocos os mais diversos
Da escola que nunca tiveram
E estes versos tão perplexos
Nada nunca tiveram ou fizeram
Do que vagar por aí desconexos
Eu tiro estes versos de uns sentimentos
E das emoções mais baratas que existem
E não os reputo belos, mas sentidos
Como gritos que nunca são ouvidos
Nos mais escuros perigos da noite
Onde morrem desconhecidos
Eu tiro estes versos assim de ouvido
E no faro é que aprendo a sua melodia
Porque em mim o que ama tem morrido
Ou vaga na madrugada e dorme de dia
Eu tiro estes versos do nada
Da estrada em que me perdia
E tiro por uma pessoa amada
Para ser lembrada enquanto me esquecia
Eu tiro estes versos do silêncio da madrugada
Para perdê-los no desinteressante nascer do dia
Do lado escuro do pensamento
Lá onde dormiam em seu silêncio
Plenos de vontade de dizer
O que nunca dizem a esmo
Ou sem o meu consentimento
Eu tiro estes pobres versos
Da miséria de onde vieram
Dos equívocos os mais diversos
Da escola que nunca tiveram
E estes versos tão perplexos
Nada nunca tiveram ou fizeram
Do que vagar por aí desconexos
Eu tiro estes versos de uns sentimentos
E das emoções mais baratas que existem
E não os reputo belos, mas sentidos
Como gritos que nunca são ouvidos
Nos mais escuros perigos da noite
Onde morrem desconhecidos
Eu tiro estes versos assim de ouvido
E no faro é que aprendo a sua melodia
Porque em mim o que ama tem morrido
Ou vaga na madrugada e dorme de dia
Eu tiro estes versos do nada
Da estrada em que me perdia
E tiro por uma pessoa amada
Para ser lembrada enquanto me esquecia
Eu tiro estes versos do silêncio da madrugada
Para perdê-los no desinteressante nascer do dia