Tem “tudo” que é “nada”.

Não quero "o tudo".

Talvez o tudo que acham tudo

Não é o tudo que busco.

Não é o tudo que vejo.

Se pegarem qualquer tudo,

Dando-me de mão beijada,

Fujo, pirraço, xingo...

Mas não me rendo.

Quero travessia...

Quero vasculhar o túnel

Da minha alma cheia...

Jogar fora o que não presta,

Plantar flores na minha floresta.

Rasgar o velho,

Pintar o novo,

Conquistar meu céu...

Ver estrelas cair

Se equilibrando no mar.

Não quero o tudo imaturo

Sem essência...

Tomado por um encantamento traiçoeiro,

Quero o desordeiro de alma genuína,

Sem muita rima na ponta da língua.

Com muita rima no coração,

Explodindo na boca um beijo de paixão.

Sou farta em bondade,

Meu corpo todo é extremidade,

Exalo naturalmente minha fertilidade...

Os sentimentos estragados que no meu coração,

Vagavam...

Quando alerta!... Bloqueio a entrada.

Faço pouco caso... E aos poucos, estão morrendo a míngua.

((( Camila Senna )))

Camila Senna
Enviado por Camila Senna em 07/06/2011
Reeditado em 26/07/2011
Código do texto: T3018952
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