Causa de poeta.
Acho que vago
no fim dos meus dias
como poeta.
Desfiladeiros incríveis,
praias paradisíacas,
e horas sem pressa.
Deixo-me no vazio,
não existe barqueiro
para cuidar de mim
nesses mares,
e me entrego
cada vez mais,
a ponto de passar
por um mendigo,
e me vê seu companheiro.
Acho lindas
as línguas que falo,
agora eu sei
que o tempo
não esta em minhas mãos,
e a minha poesia
neste exato momento
reluta de vez
em não querer parar,
curando por completo
o coração desse poeta.