Causa de poeta.

Acho que vago

no fim dos meus dias

como poeta.

Desfiladeiros incríveis,

praias paradisíacas,

e horas sem pressa.

Deixo-me no vazio,

não existe barqueiro

para cuidar de mim

nesses mares,

e me entrego

cada vez mais,

a ponto de passar

por um mendigo,

e me vê seu companheiro.

Acho lindas

as línguas que falo,

agora eu sei

que o tempo

não esta em minhas mãos,

e a minha poesia

neste exato momento

reluta de vez

em não querer parar,

curando por completo

o coração desse poeta.

Condor Azul
Enviado por Condor Azul em 25/11/2006
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