A DANÇA
O vento força a cortina.
Ela balança.
Ele não entra.
Ela dança.
Ele vai embora.
Ao passar, o vento sussurra.
Ninguém entende.
Seria segredo?
Seriam somente gemidos?
Dor ou prazer?
Seria uma forma extravagante de dizer:
-Olha eu aqui!
-Faço a cortina balançar
Como quem dança
ao som da orquestra.
-Olha eu aqui!
-Faço você parar
pára me ver passar
sem me enxergar.
-Olha eu aqui!
-Faço você imaginar
-Faço você escrever,
PORQUE
tudo o quê existe se move
ainda que imperceptivelmente
-Sol, Terra e Estrelas.
-Você pára.
-A cortina dança
...e o vento passa.
L.L. Bcena, 27/06/2010
POEMA 204 – CADERNO: CHEGADA NO PORTO.