Simples Pluma.

Não sou poeta,

não conheço rima,

mas do peito balbuceios,

palavras em que creio.

Me contento com o que escuto,

o som que ora ouço,

me leva mais além,

do pouco que se tem.

De sempre nunca poeta,

antes seja como esta,

simples e leve,

tal pena pelo vento desce.

Como poesia no tempo esvai,

fica a saudade de quem sai,

então conservo o que tenho,

do tempo até desdenho.

Que me importaria o amanhã?

Se o agora nada valesse?

Em leve pluma,alço vôo,

Não voltarei jamais.

Céu azul contemplo alto,

êxtase aos meus olhos,

tão simples, tão sublime,

sem carne,sem ossos.

Do mais, nada mais,

que me vale o amanhã,

se o hoje nada me trás,

se passo à frente, volto atrás?

Não sou poeta, nunca fui,

anseio por nunca querer,

além do simples que contemplo,

com meu som, tal pluma ao céu,

me deixar satisfazer.

Rafael do Nascimento
Enviado por Rafael do Nascimento em 02/06/2011
Código do texto: T3009421
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