Tão meu !

Tão distante e próximo,

o objeto da tua grandeza,

o pomar,

a passarada,

o meu jeitinho desajeitado de desabafar contigo.

...pois os desabafos são regados com lágrimas.

Pois sim.

E as grandezas se resumem,

reduzem,

explicam a oração subentendida revelada

numa placa de quitanda,

na madrugada infeliz.

Como explicar-te?

Como explicar-me assim?

Tão distante,

tão próximo,

tão do teu modo.

Mas presumo-te de forma ousada (quiçá filosófica):

...cuido-me a achar, rabiscados nas nuvens,

os teus sorrisos por todas a minha desventura...

...ou aventura?!

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 31/05/2011
Código do texto: T3006126
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