RÉDEAS DO DESTINO

Fagner Roberto Sitta da Silva

Hoje, quando mais uma vez

resolvi tomar as rédeas do destino

e mergulhar no meu mistério,

em completo silêncio,

parei e deixei o que estava

escrevendo sobre a cama desarrumada

e fui caminhar no quintal.

Ainda pude avistar umas poucas estrelas

antes que a aurora viesse apagar de todo

os longínquos luzeiros da noite.

Saudei o sol como se este fosse

o último dia de minha existência,

não por me sentir aliviado

com o seu surgimento,

mas por gostar de vê-lo...

E, assim, gostaria que fosse

toda a minha poesia:

que ela fosse um amanhecer,

tal como este milagre do sol

e aquecesse verso a verso.

Garça (SP), 27 de maio de 2011.

Fagner Roberto Sitta da Silva
Enviado por Fagner Roberto Sitta da Silva em 27/05/2011
Reeditado em 27/05/2011
Código do texto: T2997403
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