Aprecio muitíssimo a óptica da coragem.
Um solo amigo,
Onde sempre encontro o sentido,
A direção,
A volição,
Para construir a paisagem.

De mãos dadas com ela,
Abri todas as janelas,
Troquei de tom,
Fui buscar o som
Da minha sinfonia,
Escrita em partituras de afeição,
Com exemplar dedicação,
Transmutando-me em poesia!

A coragem convocou-me,
Instigou-me!
Desdobrou-me,
Libertou-me!
Apresentou-me a uma face minha,
Que eu, sinceramente, desconhecia.
Estava soterrada pelas convenções
E suas maltrapilhas conclusões.
Aquelas que mantêm o gado coeso,
Amordaçado pelo capitalista ensejo.

Sem ela, não sei onde estaria.
Provavelmente, já não mais existiria...
Divorciou-me do comodismo
E de todos os ismos...
Ela me obriga a viver com simplicidade,
Mas com dignidade!
Sempre atento ao coletivo,
Evitando os paliativos.
Incentivando todas as possibilidades
De luminosidade.
Estimulando as melhores sementes de afetividade
A florirem nos canteiros da eternidade.

A coragem
É que valida a viagem!







Vídeo indicado:
Zé Ramalho
Geraldo Azevedo
Elba Ramalho
“Você se Lembra”
http://www.youtube.com/watch?v=VR0zLZEfPM0&feature=related



Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 27/05/2011
Código do texto: T2996093