...resta viver !
Pára o tempo,
e as esquecidas páginas que escrevo todo trêmulo
se equecem da minha poesia e seus significados.
E tudo se zomba.
E o tempo se ri.
Vê-se a rir de mim, das tentativas de explicar-me
aos mundinhos femininos,
ri-se da burocracia,
dos autos,
dos automóveis e de minhas circulações.
Pára o tempo...
Pára com o excelso prpósito de me caçoar à tarde inteira,
de me guiar aos pés das águas túrgidas naquele campo,
de me fazer tomar aquele trago de uísque frente ao céu cinzento,
ante Deus e o mundo... e o tempo.
Ri-se aos extremos,
para que eu, num desespero não mais que humano, possa rir
também, para que haja recíproca,
para que eu faça parte do tempo, da história,
semelhante e adendo dessa terra que pára com o tempo...
Ainda há tempo, querido leitor.
Tempo demais pra que tudo se finde.
...resta viver !