Parar de você

Esse cheiro de solidão...

Deve ser a tua ausência que derrama.

Às vezes canso de te ter como o centro

De que tudo o que sou e tudo o que penso.

Às vezes gostaria de conceber outras luzes,

De cultivar outras flores,

E esquecer um pouco de tudo o que sou e de tudo que penso:

Esquecer Você.

Esse vapor de loucura...

Deve ser a tua presença que satura

Condensa tudo a um liquido doce;

Sublima e

torna sonhos concretos.

Às vezes gostaria de experimentar outros equilíbrios,

De inalar novas fragrâncias

E deixar o teu sabor para outro amanhecer.

Essa sensação de deja vú

Deve ser a insistência dos meus pensamentos

A inconveniência das palavras,

O descontrole dos meus versos

O desespero de mais um dia distante

Precisando falar, necessitando gritar,

Pelo menos sussurrar,

Teu nome para alguém, em algum lugar.

É por isso que canso de tudo isso,

E também já me exauriu tentar parar de você.