Catavento

Rio caudaloso

Que passa intrépido

Diante de mim

Newton não poderia

Mensurar-te

Tua força poderia me levar

Junto com os gravetos e arbustos

Teu volume poderia

Mudar meu curso

Mudar a direção do vento

Mas tenho medo

Da tua sinergia

Não costumo a mergulhar

Em águas em movimento

Prefiro te ver passar

Daqui da margem

Não quero dar margem

Ao meu pensamento

(Por que) Pode ser que caia

Tudo por água abaixo

Pode ser que ele resolva

Construir-te

Um cata-vento

Mas prefiro te ver

Imensa densa

Do que brincar com fogo

Do que entrar na tua dança

Por que teu caminho

Parece que não tem volta

Teu feitiço

Parece que não tem quebrante

E sou menino demais

Pra entender tua pujança

Sou menino demais

Pra entender de coisas

Tão gigantes...

Mathias Moreno
Enviado por Mathias Moreno em 23/05/2011
Código do texto: T2988824