A minha alma é a sintaxe
Eu sou o verbo
Imperfeito
Meus versos são o meu caminho rarefeito de sentidos
Nos precipícios de suas antíteses desaba meu ser
e sua contradições
A vida é uma bandeira de sentidos
Cujo significado maior ninguém descobre
Eu sou o léxico disperso da língua esquecida que falava de humanidades
No templo desconstruído
Aonde um Deus de olhos azuis contempla sua civilização extinta
Agora tudo está perdido

Entre nuvens pretas de ódio
Relâmpagos e raios se preparam
Para desabar sobre o meu último sentimento  
Eu queria gritar, eu queria falar de amor
Mas o  verbo está acorrentado
E minha língua se imolou
Numa manha cinza
Sedenta de luz.!

 
 
 

 
Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 21/05/2011
Reeditado em 05/08/2014
Código do texto: T2984233
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