P da Vida
Paula, pude parar para pensar em poetizar tua pessoa
e, poetizando-a, não pude pensar na rima de teu nome
eu ia ficando assim: na possibilidade, como barco sem proa
precisava da prosa para quem, na fome, pede e não come
Porém pedia para poder pensar por nós dois
para que nossa vida pudesse ser prova de paz
pare: pensamos então como podemos percebe-la, pois
para que possamos penar pela pobre paz nunca mais
Possa pelo menos, Paula, parar para ler algum meu verso
porque parei hoje para poetizar-te as nossas rimas pobres
fiquei a pensar mas tinha uma pedra na poesia frente e verso
e paralizei a pena em teu P de Paula, vi os teus ouros, cobres
de repente, e tão repentinamente enriqueçeu-se rimas pobres
E porque o verso poderia ter sido meu
fiquei pura e simplesmente
P da vida