sangue

sem mais palavras
sem mais historias
sem mais reclamações ou indulgências
sem mais estradas esburacadas

eventualmente eu viajo em meus sonhos
eventualmente eu cultivo a mim mesmo
eventualmente eu me erro de alvo
e em minhas memórias eu me guardo pra você

coisa mística que não existe
a maior de todas as historias
paranóias me impedem de viver
sangue vivo que me contorna a face no espelho

esse lado da fantasia é assim tão rela pra mim
e nas minhas memórias eu me mato em você

eu grito cuspindo sangue
eu cavo minha cova rasa
e eu meu inferno pessoal eu vivo e não me desgarro enfim

além da curva do rio de sangue
lá eu vivo
congelado em dissabores
mordendo em rancores
caindo em não-amores...
Rônaldy Lemos
Enviado por Rônaldy Lemos em 22/11/2006
Código do texto: T297838