Brincando com as palavras: o meu canto tem vários cantos
O meu canto é rouco...
Meio calado...
Meio tresloucado...
Com uma definição imprecisa, afinal, quem precisa de tantos por quês?
O meu canto é a voz que se perde entre desejos e ilusões
Voz saciada por seus beijos e indo ao encontro de um romantismo em extinção.
O meu canto é como tantos outros cantos...
É o encontro de duas paredes frias que aconchega minha mobília
O meu canto é colorido, aquecido pela luz do abajur que repousa sobre a escrivaninha.
O meu canto é um criativo incompleto, cheio de folhas com versos inacabados, de poemas que um dia pensei em escrever...
O meu canto rouco se encontrou com o canto como todos os outros!
O poema sem rima, quase necrosado, que jazia no canto empoeirado, transmutou-se, quem diria?!
O canto, que é o encontro de duas paredes frias e estáticas, transformou-se no canto rouco que balbuciava uma melodia qualquer.
Acho que cantava a vida...