MEUS LIVROS NÃO SÃO MAIS MEUS
MEUS LIVROS NÃO SÃO MAIS MEUS
12.08.2006.
Um dia me programei para grandes mudanças
Aquela fase de “reestruturação”
Preciso viver até os 76 pelas minhas contas
O processo é bem mais lento que eu imaginava
Sendo assim paulatino, menos sofrível
Não há que existir dores
Não pode haver suplícios
Minhas telas terão mil cores
Minhas fugas, meus hospícios
Naquele dia, 2 anos atrás, tudo parecia diferente
Nunca me passou a tarefa que seria
Mesmo assim continuo tentando crescer
O destino vem pregando as peças que preciso
Não tenho mais tanto a sôfrega angústia do “tudo agora”
Não existe mais o peso, a pressa
Não sobrevive mais o medo, o castigo de Deus
Minhas folhas estão escritas, impressas
Meus livros estão prontos, não são mais meus!