Soneto à Xavier
Mente supostamente dentro do plano sombrio
tua mão diverge entre o estatico e o cintilante
este teu carisma pessoal, pobre e embriagante
do qual o meu ser sempre se encontrou sóbrio
Para mim és nada além de um farsante
os meus versos vem de mim próprio
não acreditarei neste teatro impróprio
feita com a precisão genial alarmante
Confesso que não sei de onde vem a rima
se de ti, se de um inferno ou do céu acima
mas tenho plena certeza da minha originalidade
Pois é o meu sangue que escorre desta veia,
são os meus dentes que estraçalham a ceia
e sei que cessará os meus poemas na mortalidade
*em resposta ao Parnáso de Além Túmulo, de autoria de Francisco “Chico” Xavier