Soneto à Xavier

Mente supostamente dentro do plano sombrio

tua mão diverge entre o estatico e o cintilante

este teu carisma pessoal, pobre e embriagante

do qual o meu ser sempre se encontrou sóbrio

Para mim és nada além de um farsante

os meus versos vem de mim próprio

não acreditarei neste teatro impróprio

feita com a precisão genial alarmante

Confesso que não sei de onde vem a rima

se de ti, se de um inferno ou do céu acima

mas tenho plena certeza da minha originalidade

Pois é o meu sangue que escorre desta veia,

são os meus dentes que estraçalham a ceia

e sei que cessará os meus poemas na mortalidade

*em resposta ao Parnáso de Além Túmulo, de autoria de Francisco “Chico” Xavier

Ernani Blackheart
Enviado por Ernani Blackheart em 11/05/2011
Reeditado em 25/06/2011
Código do texto: T2964251
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