Insana...

Gosto de mostrar o que sou!

E o que realmente modula em mim;

Gosto de ir contra as marés,

Vivo num abismo sem fim.

Cruzando linhas paralelas,

Correndo na contramão

A frente do meu tempo

Me alçando na última estação...

Rasguei meus versos

Expus meu avesso,

E neste meu contexto

Deixo transparecer toda

Minha sensibilidade verbal,

Ofuscando o emocional,

Escondido em contra senso,

Sufocando o bem, endeusando o mal.

Postei nua minha identidade

E toda a verdade anti-social...

Chocando a realidade dura.

Vomitei iniqüidades cruas

Ingeridas por razão irracional

Sob forte pressão radical.

Viajo sem malas...

Sem revolta ou bilhete de volta...

Sinto-me leve, sem nada que me pese,

Sem alças das parafernálias

Que pendurei num tempo que já teve fim.

Sigo só... Melhor assim..

Insana, estranha, profana

È o que pensam e podem pensar de mim.

Victória Moore
Enviado por Victória Moore em 08/05/2011
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