Insana...
Gosto de mostrar o que sou!
E o que realmente modula em mim;
Gosto de ir contra as marés,
Vivo num abismo sem fim.
Cruzando linhas paralelas,
Correndo na contramão
A frente do meu tempo
Me alçando na última estação...
Rasguei meus versos
Expus meu avesso,
E neste meu contexto
Deixo transparecer toda
Minha sensibilidade verbal,
Ofuscando o emocional,
Escondido em contra senso,
Sufocando o bem, endeusando o mal.
Postei nua minha identidade
E toda a verdade anti-social...
Chocando a realidade dura.
Vomitei iniqüidades cruas
Ingeridas por razão irracional
Sob forte pressão radical.
Viajo sem malas...
Sem revolta ou bilhete de volta...
Sinto-me leve, sem nada que me pese,
Sem alças das parafernálias
Que pendurei num tempo que já teve fim.
Sigo só... Melhor assim..
Insana, estranha, profana
È o que pensam e podem pensar de mim.