Tears

Estas lágrimas

não deviam sair dos meus olhos

Mas estas lágrimas

rolam desesperadas, não esperam a respiração, o suspiro,

fogem desavergonhadas

para o mundo à fora, para o mundo à fora....

Soltas, elas não pedem licensa

e expressam a quem quer que as vejam

a alma desabrochar em instantes

Tão brevemente, tão brevemente, a força da lembrança torna irrecusável a sensação da quebra de sigilo

Inevitável não deixá-las vir ao encontro do mundo,

talvez o mundo precise saber da existência delas

de sua causa,

das suas circunstâncias...

Talvez preciosas mãos venham secá-las,

e a ternura e o tempo tornam-se um só

para diluir o mal, a desilusão, a intolerância

Talvez as próprias mãos as secam

e, somente sob a leitura do coração, poderá conduzir o caminho que levará o fim das lágrimas.

Gih Varano
Enviado por Gih Varano em 08/05/2011
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