Morfina mental

O cheiro das Acasias

o perfume os traços.

As palavras fogem os

atos são imaginarios.

Perco os passos, tropeço

em meus machucados pés descalços e

cansando.

Apavorado prossigo, anestesiado pelo

medo e sem destino.

Lembro do inicio, o cheiro, o jeito,

o falar e o sorriso o inteiro.

Na sombra do Ype, não paro de pensar em você.

Me perdi e te encontrei. Me encontrei e te

perdi, não me perdoei.

Penso no como ha de ser...

Penso, como iria ser!

Amor que nasceu da paixão e

se transformou em dor. O dó maior

faz um som no acorde e só

me deixa pior.

Peço a Deus que volte contigo,

a minha Jornada.

Te perdi na Correnteza.

Foi embora com a água, enchente de

meu eu.

Foi para não voltar, não voltou, não ventou,

não choveu e não me levou,

pude por em parenteses o que restou.

O que ficou? Tudo que pretendia ir padeceu

em um canto da siriema na orla da lagoa

de lagrimas que do céu chegou e te arrancou do

berço, do beco, da beleza formada pela núvem

carregada de desejos.

O que vejo nada, areia, terra não tem, mas tem mato

roço a roça a procura de espaço, minha mente

trabalha quando oxigênio ainda existe.

Meu corpo trabalha quando a mente respira,

expira o tempo limete para prosseguir o meu

caminho, mais ainda oxigênio existe...

Compulsivo

escravizador de lírios.

Cipreste
Enviado por Cipreste em 07/05/2011
Código do texto: T2955524
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