VÔO SOBRE O CHÃO
Eu do nada, sou a essência
Um ponto do infinito não encontrado
O pilar solitário da ausência
No chão do impossível fincado
Meu corpo não é onde eu moro
Não sou, não estou, apenas existo
Nas fagulhas do pensamento
Reverbero-me, extingo-me, desisto
Minha alma de pluma, flutua
Sobre o vidro embaçado da vida
Que me separa da realidade nua
Lençol transparente a cobrir feridas