VÔO SOBRE O CHÃO

Eu do nada, sou a essência

Um ponto do infinito não encontrado

O pilar solitário da ausência

No chão do impossível fincado

Meu corpo não é onde eu moro

Não sou, não estou, apenas existo

Nas fagulhas do pensamento

Reverbero-me, extingo-me, desisto

Minha alma de pluma, flutua

Sobre o vidro embaçado da vida

Que me separa da realidade nua

Lençol transparente a cobrir feridas

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 30/04/2011
Reeditado em 07/12/2015
Código do texto: T2940002
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