METALINGUAGEM
Louca prática metalingüística
Em explicar nos seus rumores
Os arcanos desse milenar ofício.
Aspiração insana essa de ser rei
Mocinho e vilão nas curvas finas
Dessa sinuosa azul estrada...
Do branco límpido e claro
A jorrar o sangue do imaginário
Nas múltiplas cores da aquarela.
Sonhos de homens, dores
E amores vistos duma janela.
Revelando assim as dimensões do inatingível
Pintando no céu opaco dos desesperados
A centelha das chamas esmorecidas
Ensinando ao homem que a morte não apaga a vida.