Devastação
A vida gera e desintegra a vida
Com a mesma velocidade
A ferida que se fecha é esquecida
Mas na superfície ficam marcas:
Cicatrizes.
Lembranças estendida de um momento
Onde sentidos e sentimentos são alterados
E expostos a uma forma de degradação
Mais feroz que a força do próprio tempo:
Violência
Movimento que não é sempre evidente
Nem cintilante quanto sangue derramado
Marcas que nascem do orgulho desamparado
E se manifestam com atos e palavras
intransigentes:
Covardia.
A violência contra a vida em formação
Mata a fonte do prosseguimento do sopro
Muito mais do que devasta sua semente
Numa morte que não se encerra com a cura
É ferida aberta devastando para sempre o pensamento.
Obra de minha autoria, publicada inicialmente na página Reflexões Femininas:
http://reflexoes-femininas.blogspot.com/2011/04/devastacao.html