Devastação

A vida gera e desintegra a vida

Com a mesma velocidade

A ferida que se fecha é esquecida

Mas na superfície ficam marcas:

Cicatrizes.

Lembranças estendida de um momento

Onde sentidos e sentimentos são alterados

E expostos a uma forma de degradação

Mais feroz que a força do próprio tempo:

Violência

Movimento que não é sempre evidente

Nem cintilante quanto sangue derramado

Marcas que nascem do orgulho desamparado

E se manifestam com atos e palavras

intransigentes:

Covardia.

A violência contra a vida em formação

Mata a fonte do prosseguimento do sopro

Muito mais do que devasta sua semente

Numa morte que não se encerra com a cura

É ferida aberta devastando para sempre o pensamento.

Obra de minha autoria, publicada inicialmente na página Reflexões Femininas:

http://reflexoes-femininas.blogspot.com/2011/04/devastacao.html

Assiz de Andrade
Enviado por Assiz de Andrade em 28/04/2011
Código do texto: T2936147
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