.x.|. NáuSeA De SeR .|.x.

Eu e meu monólogo

Tal qual sombrio reflexo de mim

Ou desconexa ligação com a intimidade

(Que me enoja a explicitar toda a verdade

Do que souL, sendo tão humana.ll.mente.ll. torpe.)

Em que me compraz

Cuspir na flor chei.ll.rosa.ll. que encanta

Naquele jardim demasiado burguês?

E a alma quem fez?

Essa perturbação tamanha... colérica...

E a alma onde jaz?

Essa inquietação dEsGraÇaDa... homérica...

Quartel general de precariedades...

Em que me compraz

Louvar a estante da filosofia vã

Se naquele livro velho guardei uma rosa?

É em vão. Tudo em vão!

Para nascer devo abrir os olhos

Fechando-os para o que há em mim...

A vida é um indecoroso festim

Onde as almas bailam sorridenteMeNTe iludidas...

Onde guardei minha coleção

De vermes rotos e famintos?

Parecem calados. Assistem ao filme novo...

E eu permaneço, ainda que a passos largos

Caminhe rumo a indecisão da morte...

Ainda que, a olhos nus, busque a travestida sorte

De sonhar que vivo entre uma raça aurífera...

Ainda que coma o duro pão da insignificância:

Nojento.

xll CLaRa Lee llx
Enviado por xll CLaRa Lee llx em 23/04/2011
Reeditado em 23/04/2011
Código do texto: T2925643
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.