A MORTE DA POESIA
Eu já não tenho inspiração
Todas as correntes do nada aprisionam-me
Todos os medos incompletos sondam-me
Vou no meu ir e vir do meio
Sem recheio, ou picantes emoções!
Eu já estou partindo para a próxima estação
Onde os santos vestem-se de demônios
Para serem vistos, sem se ver
Ignoto espelho das memórias falidas
Heróis sem pesos e medidas...
Estou diante do muro da morte
Que a cada dia devora-me sem saborear
Pelo simples prazer de arrotar!
Chamam-me de revoltada, isto é assaz
Vou mesmo, e volto sempre no tom lilás!
Adeus, poesia de outrora
Morro e renasço na SUAS HISTÓRIAS!