A MORTE DA POESIA

Eu já não tenho inspiração

Todas as correntes do nada aprisionam-me

Todos os medos incompletos sondam-me

Vou no meu ir e vir do meio

Sem recheio, ou picantes emoções!

Eu já estou partindo para a próxima estação

Onde os santos vestem-se de demônios

Para serem vistos, sem se ver

Ignoto espelho das memórias falidas

Heróis sem pesos e medidas...

Estou diante do muro da morte

Que a cada dia devora-me sem saborear

Pelo simples prazer de arrotar!

Chamam-me de revoltada, isto é assaz

Vou mesmo, e volto sempre no tom lilás!

Adeus, poesia de outrora

Morro e renasço na SUAS HISTÓRIAS!

Julia Rocha
Enviado por Julia Rocha em 17/04/2011
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